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Maternidade Contemporânea: As Dores Silenciosas das Mães de Hoje.

Ser mãe nunca foi simples. Mas na contemporaneidade, esse papel ganhou contornos ainda mais complexos, exigindo das mulheres uma performance quase inalcançável — e, muitas vezes, solitária. Em meio à cobrança pela maternidade ideal, as mães atuais enfrentam desafios emocionais profundos que merecem ser escutados, nomeados e acolhidos.




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A Mãe de Tudo: A sobrecarga invisível

Na tentativa de conciliar carreira, casa, filhos, autocuidado e relacionamentos, muitas mulheres vivem em constante estado de exaustão. A maternidade contemporânea exige tempo integral, mas sem abrir mão das outras esferas da vida — o que resulta em culpa por todos os lados. Quando estão com os filhos, sentem que deveriam estar trabalhando. Quando trabalham, sentem que estão deixando de ser mães presentes.

Essa sensação de estar sempre em dívida com alguém — ou consigo mesma — é uma das dores mais silenciosas da maternidade atual.


A culpa materna: um fantasma persistente

A culpa é uma companhia constante. Seja por não amamentar, por voltar ao trabalho cedo, por se irritar, por sentir saudade da vida de antes, ou até por desejar um tempo sozinha. A sociedade ainda idealiza uma maternidade plena, doce e instintiva — mas a realidade é feita de ambivalências: amor e cansaço, entrega e frustração, alegria e medo.

Reconhecer a complexidade desses sentimentos é fundamental para quebrar o ciclo de autocrítica e sofrimento.


A solidão que ninguém vê

Apesar da conexão constante nas redes sociais, muitas mães relatam se sentir profundamente sozinhas. Faltam espaços seguros para falar sobre suas dúvidas, angústias e inseguranças sem medo de julgamento. A solidão materna, muitas vezes, começa no puerpério e pode se estender por anos — especialmente quando a mulher sente que perdeu parte de sua identidade no processo de maternar.


A saúde mental das mães importa

Transtornos como ansiedade, depressão pós-parto e burnout materno são cada vez mais recorrentes, mas ainda pouco discutidos com a seriedade que merecem. O cuidado com a saúde emocional da mãe precisa ser tão importante quanto o cuidado com o bebê. Afinal, uma mãe bem cuidada emocionalmente cuida melhor — com mais presença e menos sofrimento.


É possível maternar com apoio e verdade

A maternidade não precisa ser solitária. Espaços de escuta, acolhimento e apoio emocional, como rodas de conversa, grupos terapêuticos ou mesmo a psicoterapia individual, podem fazer toda a diferença na forma como a mulher vive esse papel.

Permitir-se ser uma mãe real — com limites, vontades, dúvidas e afetos — é um ato de coragem e de amor.


Se você é mãe e sente que precisa de um espaço seguro para falar sobre o que está sentindo, saiba: você não está sozinha. A escuta acolhedora pode ser o começo de uma maternidade mais leve, possível e humana.


Vamos falar sobre isso, juntas? No dia 17/05 às 09h, acontece a palestra "Culpa, Amor e Café Frio" — um espaço de escuta, troca e acolhimento para mães que querem se reencontrar em meio à maternidade.

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